Fala meu povo, Oldaque Rios na área! Estava dando uma olhada nos feeds e me deparei com uma notícia do The Information que me chamou a atenção: a OpenAI está entrando de cabeça no mercado de consultoria para grandes empresas, e não é pra brincadeira não. Estamos falando de cobrar **pelo menos 10 milhões de dólares** por cliente.

É isso mesmo, dez milhões. Pensa bem no que isso representa. Não é um valor para uma 'provinha de conceito' ou para botar um chatbotzinho simples no site. É dinheiro de verdade, pra projetos sérios e de alto impacto.

O Que Exatamente Eles Estão Oferecendo?

Pelo que a notícia aponta, o serviço vai muito além de simplesmente dar acesso à API ou ajudar a configurar o ChatGPT Enterprise. A OpenAI está colocando os seus próprios engenheiros (chamados internamente de 'Forward Deployed Engineers' - FDEs, um nome bem maneiro, diga-se de passagem) para trabalhar *junto* das empresas clientes.

Imagina a cena: os caras que construíram o GPT-4o sentando na sua mesa (ou na do seu cliente) para entender o seu negócio, pegar os seus dados específicos e adaptar os modelos para resolver os seus problemas reais. Isso inclui desde personalizar modelos com dados proprietários até construir aplicações customizadas, tipo chatbots ultra-específicos ou sistemas de análise.

Além disso, eles também estão oferecendo serviços de rotulagem de dados, que é aquela tarefa essencial e muitas vezes dolorosa de revisar e corrigir as respostas da IA para garantir a precisão. A notícia menciona que estão até pensando em terceirizar essa parte para empresas especialistas como Snorkel AI e Surge AI, o que faz todo o sentido – cada um no seu quadrado, fazendo o que faz de melhor.

A Competição e o Conceito de Vertical AI

Com essa jogada, a OpenAI está entrando em rota de colisão direta com players gigantes e estabelecidos no mercado enterprise, como a Palantir (conhecida por soluções de dados complexas para governo e grandes corporações) e a Accenture (uma das maiores consultorias do mundo). Isso mostra que o foco mudou: não é mais só sobre ter o melhor modelo base, é sobre ter o melhor modelo base *aplicado* ao problema do cliente.

Pra mim, isso reforça algo que venho batendo na tecla há tempos: a importância da **Vertical AI**. Não adianta ter um modelo genérico superpoderoso se ele não for adaptado para o contexto específico da sua indústria, do seu processo, da sua base de conhecimento. É essa adaptação que gera valor real, eficiência e ROI tangível.

E pra fazer essa adaptação direito, não tem jeito: precisa de gente boa, que entenda tanto de IA quanto do negócio. É exatamente o que a OpenAI está propondo ao mandar seus engenheiros para a 'linha de frente'.

Casos como esse, de como as empresas estão buscando implementar a IA de forma profunda e customizada, sempre rendem ótimas discussões sobre os desafios e as oportunidades no mundo real. Aliás, se você quiser trocar ideia sobre essas estratégias de Vertical AI e como isso se aplica a diferentes mercados, **clica no link pra entrar em contato e venha participar da nossa comunidade IA Overflow**.

O Que Esperar?

Essa é uma evolução natural (e necessária) da OpenAI. Pra justificar a avaliação bilionária e o ritmo de inovação, eles precisam gerar receita em escala, e o mercado enterprise é onde o dinheiro grande circula. Vender consultoria customizada e soluções 'tailor-made' com a chancela dos seus engenheiros é um caminho lógico.

Ver clientes de peso como o Departamento de Defesa dos EUA e a Grab (uma gigante do Sudeste Asiático) na lista inicial mostra que eles já começaram com força total. Isso valida a necessidade desse tipo de serviço no mercado.

Conclusão

A mensagem aqui é clara: a OpenAI não quer ser só a 'dona' dos modelos de base. Eles querem ser parte da solução completa, ajudando as grandes empresas a extrair o máximo valor da IA, mesmo que isso custe caro. É uma aposta na profundidade da implementação, na personalização e no serviço premium.

Isso reforça a minha visão de que o futuro da IA no mundo dos negócios está na aplicação prática e verticalizada, não apenas nas ferramentas genéricas. E pra navegar nesse futuro, a gente precisa entender tanto da tecnologia quanto do chão de fábrica. Em Deus nós confiamos, o resto me tragam dados e um plano de implementação que funcione!

É isso aí por hoje. Grande abraço!