
IA Pra Aumentar a Produtividade? Cuidado, o Atalho Não é Sem Escutar Quem Tá Lá!
IA Pra Aumentar a Produtividade? Cuidado, o Atalho Não é Sem Escutar Quem Tá Lá!
Beleza, pessoal? Olha, tá na moda falar que a inteligência artificial é a grande salvação pra turbinar a produtividade, né? Principalmente em lugares onde os números tão meio parados, como mostrava um artigo recente que estava lendo no site The Conversation.
Políticos, CEOs, todo mundo aposta na IA como se fosse a nova penicilina, uma cura mágica pra falta de gás na economia. Tem gente calculando até trilhões que podem ser adicionados por causa da automação e da IA. A promessa é gigante!
A Promessa Vs. A Realidade (Não é Penicilina, é Fisioterapia!)
Mas a real é que IA não é varinha mágica. É mais tipo fisioterapia depois de uma cirurgia. Só funciona se você se dedicar, seguir o plano e trabalhar junto com quem entende do riscado, quem sabe quais músculos precisam ser fortalecidos e na hora certa.
Ferramentas de IA, como aquelas que analisam documentos ou até ajudam a detectar doenças em exames (o artigo citava um estudo bacana sobre mamografia que economizou tempo de radiologistas e melhorou a detecção), *podem* sim trazer ganhos enormes.
O problema é que a maior parte dos projetos de IA simplesmente... falha. O artigo mencionou um número assustador: uns 80% não dão certo! É o dobro da taxa de projetos de TI tradicionais. E só um quarto dos executivos por aí vê retorno real nos investimentos em IA.
Não devíamos ficar tão surpresos, pra ser sincero. Tecnologias que mudam o jogo, tipo a eletricidade ou a internet no começo, também levaram tempo pra mostrar resultado nas estatísticas de produtividade. Tem aquela frase clássica do economista Robert Solow: "Você vê a era do computador em todo lugar, menos nas estatísticas de produtividade". Parece que a IA tá repetindo um pouco desse roteiro.
Cadê a Confiança? Por Que a Galera Desconfia da IA?
Assim como na internet nos anos 90, o sucesso da IA depende de uma coisa essencial: confiança. Sem confiança, a galera não adota, não usa direito, e os benefícios vão pro ralo.
E a confiança, como aponta o artigo que li, ainda é baixa em muitos lugares. Por quê? Porque as pessoas usam menos, recebem menos treinamento, e aí se sentem menos confiantes. E, claro, a gente tende a desconfiar do que não entende.
Fechar essa lacuna de confiança significa, obrigatoriamente, envolver os trabalhadores desde o início. Ouvir as preocupações deles, entender os perrengues do dia a dia, pra daí sim desenvolver sistemas de IA que ajudem, que empoderem, em vez de simplesmente jogar as pessoas pra escanteio.
O Risco do "So-So Automation" e Casos Que Deram Errado
O que acontece quando não envolvem a galera que tá lá na linha de frente? Dá ruim. Lembra da Klarna? Aquela fintech sueca que se ofereceu pra ser cobaia da OpenAI, demitiu um monte de gente achando que a IA faria o trabalho de 700 funcionários? Pois é. O próprio CEO admitiu que o atendimento ao cliente piorou, e eles tiveram que... recontratar humanos! A Duolingo fez algo parecido, trocando freelancers por IA, e levou bronca dos usuários.
Não são casos isolados. Uma pesquisa lá na Inglaterra mostrou que mais da metade dos executivos que trocaram gente por IA depois se arrependeu. É a tal da "so-so automation", um termo que economistas (Acemoglu e Restrepro) usam pra descrever quando a tecnologia manda a pessoa embora, mas não entrega ganho de produtividade que justifique.
A Solução Tá em Quem Faz o Trabalho (E em Conversar!)
Em vez de tentar substituir, a saída é engajar a galera. Envolver os trabalhadores pode multiplicar o retorno do investimento em IA. É como aquela máxima de transformação organizacional: as empresas que engajam os funcionários têm muito mais chance de sucesso.
Quem tá tirando leite de pedra da IA entendeu que ela funciona melhor quando *amplifica* a capacidade humana, não quando *substitui*. Os trabalhadores sabem coisas que nenhum algoritmo sabe, a realidade do dia a dia, os macetes que fazem o trabalho andar. Isso é ouro na hora de desenhar um sistema de IA que preste.
Uma pesquisa lá da UTS, citada no artigo, confirmou: trabalhadores sentem que a IA tá sendo enfiada goela abaixo, sem consulta nem treinamento. Isso gera resistência E, pior, a empresa perde a chance de usar a experiência de quem tá ali todo dia.
Envolver a galera fortalece a empresa, dá mais lucro, e cria soluções de IA melhores, que realmente resolvem problemas e são mais usadas. Aliás, se você quiser trocar ideia sobre como fazer essa integração de IA de forma humana e eficaz, ver como a gente aborda esses desafios na prática na nossa comunidade, clica no link pra entrar em contato e participa das discussões por lá. É exatamente esse tipo de papo que rende os melhores insights.
O próprio Ministro da Indústria e Inovação de lá, o Tim Ayres, falou recentemente que é crucial trabalhar junto com trabalhadores e sindicatos na adoção de tecnologia. É um bom sinal.
No fim das contas, se a IA for o tratamento pra falta de produtividade, a equipe de recuperação tem que ter a galera que faz o trabalho no centro. Não tem atalho que substitua isso.