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IA não vai 'aposentar' cientistas da computação (pelo menos não como a gente imagina)

July 01, 20250 min read

E aí, meu povo! Pintou uma notícia interessante aqui pelo meu feed que me fez parar pra pensar, e achei que valia a pena compartilhar com vocês. Estava lendo num artigo que saiu no The Conversation sobre essa conversa que não quer calar: a IA vai acabar com a Ciência da Computação? Será que os futuros engenheiros de software vão ter que mudar de rumo?

Olha, a resposta curta, direta e sem rodeios, no meu ponto de vista e baseado no que o artigo aponta, é: calma lá, não é bem assim. A IA é uma ferramenta poderosa, sim, das mais incríveis que já vimos, mas daí a jogar a toalha na CS, vai uma distância enorme.

Código não é tudo (e IA não pensa de verdade)

Tem muita gente por aí, inclusive figuras de renome (que, com todo respeito, muitas vezes falam de áreas que não dominam a fundo), dizendo que como a IA escreve código, a Ciência da Computação virou coisa do passado. Isso é a mesma coisa que dizer que porque uma máquina de escrever (ok, um editor de texto) te ajuda a escrever um livro, o escritor virou obsoleto. Não faz sentido, né?

A Ciência da Computação vai muito além de só escrever código. É sobre projetar sistemas complexos, pensar na arquitetura, garantir segurança (cibersegurança é CRÍTICA), verificar se um sistema funciona DE VERDADE em condições adversas, e criar as próximas linguagens e ferramentas que a gente vai usar. A IA atual é ótima em prever coisas, em reorganizar informação existente, em gerar conteúdo baseado em padrões passados. Ela usa o que chamamos de heurísticas, que são atalhos lógicos. Funciona rápido, mas não tem precisão garantida e, o mais importante: não raciocina de verdade, não sente, não se importa, não tem intenção.

Lembram da febre do 'prompt engineering' que ia 'substituir' o desenvolvimento? Pois é, sumiu do mapa tão rápido quanto surgiu. Enquanto isso, as responsabilidades de quem trabalha com CS só cresceram.

Onde o toque humano (e técnico) é insubstituível

O artigo lista dez pontos, e eles batem muito com o que vejo na prática. A IA te dá um super carro, mas você ainda precisa de um piloto, um mecânico, e alguém que desenhe a próxima geração de carros e as estradas por onde eles vão andar. Precisamos de humanos em CS para:

  • Adaptar algoritmos complexos a novas realidades: Pense em finanças, por exemplo. O mercado muda, a IA precisa de um humano pra reconfigurar e entender as nuances.
  • Diagnosticar problemas cabeludos: Apagões intermitentes em grandes serviços de cloud? IA ajuda na triagem, mas a visão sistêmica, a capacidade de contextualizar e testar cenários improváveis, isso é com a gente.
  • Trabalhar com o NOVÍSSIMO: Programar para computadores quânticos, por exemplo. Não existem dados suficientes pra IA aprender. Quem vai criar os primeiros exemplos, as primeiras abordagens? O cientista da computação.
  • Projetar e proteger infraestruturas críticas: Desenhar um novo sistema operacional seguro, um software pra usina nuclear ou um robô cirúrgico. Isso exige um nível de rigor, validação e confiança que a IA simplesmente não pode dar hoje.
  • Inovar fundamentalmente: Criar IA mais eficiente energeticamente, ou a próxima geração de IA segura e controlável. A IA atual não vai espontaneamente reinventar a própria arquitetura.

Isso é o tipo de desafio que exige não só conhecimento técnico profundo, mas uma cabeça que pensa 'fora da caixa', que entende o risco real e as implicações práticas. É exatamente esse tipo de discussão que acontece na nossa comunidade. Se você quer trocar ideia sobre esses dilemas práticos, sobre onde o conhecimento técnico REALMENTE faz a diferença e como a gente se encaixa nesse cenário, clica no link aqui para entrar em contato e participar do IA Overflow. Sempre uso exemplos assim nas conversas da comunidade!

Olhando pra frente com realismo

Não confunda: a IA vai, sim, mudar como a gente trabalha. Ela vai automatizar tarefas repetitivas, nos dar superpoderes pra fazer mais com menos. É uma mudança de método, não uma extinção da área.

Sempre que surgir um problema novo, um desafio sem precedentes, a IA sozinha não resolve porque ela depende do passado. Manter, evoluir e criar as plataformas de IA do futuro, garantir que elas sejam éticas e seguras (governança de IA), tudo isso exige... Ciência da Computação.

A história nos dá pistas. Na Revolução Industrial, as máquinas substituíram um monte de gente, mas criaram novas funções pra quem sabia operar, consertar e, principalmente, *desenhar* e *construir* as máquinas e as fábricas do futuro. Hoje, a lógica é parecida: a habilidade técnica, especialmente em CS, pra construir, controlar e avançar a IA, é mais valiosa do que nunca.

Então, relaxa. O bicho não é tão feio quanto pintam. Mas exige que a gente se adapte, claro. A IA é uma parceira fantástica, mas o 'cérebro' que direciona, valida e inova de verdade, esse continua sendo o nosso.

Head of AI que largou a engenharia civil para transformar dados em soluções reais, sempre com fé, propósito e muito café com código Python pelo caminho.

Oldaque Rios

Head of AI que largou a engenharia civil para transformar dados em soluções reais, sempre com fé, propósito e muito café com código Python pelo caminho.

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