
Huawei Nega 'Cópia' em Modelo de IA e A Tensão da Guerra dos Chips
Fala meu povo! Notícia que chegou pelo RSS hoje acende um alerta interessante sobre a corrida da IA, especialmente lá na China. A Huawei tá no centro de uma polêmica, negando acusações de que um dos seus modelos de IA, o Pangu Pro MoE, seria basicamente uma "reciclagem" do trabalho de outra gigante chinesa, a Alibaba.
A Suspeita e a Defesa da Huawei
A história, que eu li num artigo do site The Decoder, começou com uma análise meio "detetivesca" de um grupo chamado "HonestAGI". Eles publicaram no GitHub (o post original foi apagado, mas felizmente tá salvo no Wayback Machine pra quem quiser fuçar) um estudo que apontava semelhanças gritantes entre o Pangu da Huawei e o Tongyi Qianwen Qwen-2.5 14B da Alibaba. A parada principal parecia ser a distribuição dos parâmetros de atenção interna dos modelos, que é tipo a "assinatura digital" deles. Segundo essa análise, as semelhanças eram tão fortes que levantavam a hipótese de que o modelo da Huawei não foi treinado do zero, mas sim "upcycled" de alguma forma de um modelo existente.
Óbvio que a Huawei veio a público pra rebater. O Noah's Ark Lab, que é o laboratório deles responsável por isso, soltou um comunicado oficial dizendo, categoricamente, que o Pangu Pro MoE foi desenvolvido e treinado inteiro dentro de casa, do zero, na plataforma de hardware Ascend deles. Eles não negam usar práticas e componentes open-source padrão da indústria – o que é normal, afinal, quem inventa a roda toda vez, né? – mas garantem que tudo que é open source é licenciado e marcado corretamente, e que em nenhum momento continuaram o treinamento em cima de um modelo alheio.
Por Que Essa Treta Importa Tanto?
Essa treta de "copiou ou não copiou" não é novidade no mundo da tecnologia, mas nesse caso específico, o contexto pesa muito, e ele tem um nome: guerra dos chips. A Huawei tá numa posição estratégica crucial pra China. Com as restrições dos EUA apertando o cerco contra a Nvidia, os chips Ascend da Huawei são a grande aposta do país pra ter soberania e não ficar refém pra treinar modelos de IA.
Mostrar que eles conseguem desenvolver modelos de ponta *do zero* na plataforma deles é fundamental pra essa narrativa e pra demonstrar a viabilidade dos seus próprios chips como alternativa. A falta de chips Nvidia de ponta já tá impactando o ecossistema lá; li outro dia, também no The Decoder, que o modelo Deepseek R2 atrasou justamente por causa dessa escassez de chips H20.
A Huawei tá batendo no peito dizendo que o Ascend 910C tá quase colado no H20 da Nvidia em performance, diminuindo o gap que antes era de dois anos pra menos de um. Mas, claro, ainda não tem resposta pra monstro tipo o Blackwell da Nvidia. A pressão é real, e qualquer suspeita de que a base não é 100% própria é um baque nessa confiança.
Analisar essas semelhanças técnicas complexas em modelos de IA, a alegação de plágio e o impacto do contexto geopolítico é uma discussão que vai bem além do simples "copiou ou não copiou". É sobre infraestrutura, estratégia nacional, a realidade da pesquisa e desenvolvimento e o futuro da inovação global. Isso é algo que rola muito na nossa comunidade, onde a gente destrincha esses temas mais a fundo, misturando a parte técnica com a visão de mercado e a realidade prática.
Aliás, se você quiser trocar ideia sobre como essas tretas globais e a corrida por hardware impactam o desenvolvimento e a aplicação prática da IA no nosso dia a dia, clica no link pra entrar em contato e entrar na comunidade IA Overflow.
Conclusão: Foco nos Dados (e na Origem)
No fim das contas, a verdade absoluta sobre se o Pangu "se inspirou demais" no Qwen ou não provavelmente só quem tá por dentro da Huawei e da Alibaba sabe, e mesmo assim, pode ter diferentes interpretações sobre o que significa "treinar do zero" versus usar "práticas padrão da indústria". Mas o episódio mostra duas coisas claras: a pressão altíssima na China pra desenvolver tecnologia de IA própria do zero (e mostrar isso pro mundo) e a complexidade (e talvez até a opacidade) por trás da criação desses modelos gigantes, onde a fronteira entre inspiração e cópia pode ser difusa.
É uma corrida com muita coisa em jogo – soberania tecnológica, bilhões de dólares, e o futuro da inovação em IA – e a briga por hardware, talentos e até pela origem dos modelos tá cada vez mais acirrada. Em Deus nós confiamos, o resto me tragam os dados... e, nesse caso, talvez uns peritos pra analisar a fundo esses parâmetros de atenção.