IA Overflow - Blog sobre Inteligência Artificial gera resultados exponenciais. Automação, vendas e crescimento para empreendedores.
Representação visual de agentes de IA interagindo, com elementos de confusão ou desafios no processo

Agentes de IA: A Promessa é Boa, Mas Calma Lá!

July 03, 20250 min read

Fala meu povo, Oldaque Rios na área! Esses dias estava lendo num artigo bacana (referência ao artigo original) sobre o burburinho em torno dos 'agentes de IA'. O Google na I/O de 2025 mostrou uns exemplos que fazem brilhar os olhos, tipo um assistente que te ajuda a consertar uma bicicleta, acha manual, tutorial e até liga pra loja pra ver peça. E ainda lançaram um tal de A2A pra fazer os agentes conversarem entre si. Promessa de um mundo onde agentes digitais são seus 'colegas' autônomos resolvendo tudo.

A visão é massa, não vou negar. Imagina seu agente cuidando de voos, reuniões, despesas, tudo se falando por baixo dos panos. O problema é que, como em muita coisa em tecnologia, o hype corre mais rápido que a realidade. E quando a expectativa vai pro espaço sem base, a decepção vem logo atrás. É disso que a gente precisa falar: pisar no freio e entender os desafios.

O Que Diabos é um 'Agente'?

Primeiro ponto: o termo 'agente' tá virando bagunça. Estão chamando de agente desde um script simples que faz uma coisinha, até fluxos de trabalho complexos com IA. Não tem uma definição clara. Isso abre margem pro tal do 'agentwashing', que é vender automação básica como se fosse algo super avançado.

É tipo chamar um patinete de carro só porque ele te move. Confunde a galera e prepara o terreno pra frustração. A gente não precisa de uma norma rígida de cartório, mas precisa de clareza. O que esse sistema *faz*? Qual o nível de autonomia *real*? Quão *confiável* ele é?

A Questão da Confiabilidade (e as Alucinações)

E aí chegamos na confiabilidade, que é um ponto crítico. A maioria desses 'agentes' roda em cima de LLMs (Grandes Modelos de Linguagem), e a gente sabe que eles são probabilísticos. Poderosos? Sim. Mas imprevisíveis também. Eles podem inventar coisa, sair do trilho, falhar de formas sutis. Principalmente quando você pede pra eles fazerem várias tarefas em sequência, usando ferramentas externas.

Vi um caso interessante, o pessoal de um site por aí contou que um agente de suporte de um assistente de programação (o Cursor) inventou que o usuário não podia usar o software em mais de um dispositivo. A galera pirou, cancelou assinatura... E no fim, a política nem existia! O agente alucinou a regra.

No mundo corporativo, um erro desses pode causar um estrago danado. É por isso que eu bato na tecla: não dá pra tratar LLM como produto final e pronto. A gente precisa construir sistemas *completos* em volta deles. Sistemas que levem em conta a incerteza, monitorem a saída, gerenciem custos, e tenham barreiras de segurança e precisão. Pra garantir que o que sai respeita as regras da empresa, a privacidade, e o principal: o que o usuário realmente pediu.

Entender essa complexidade e como construir soluções que realmente funcionem no mundo real, saindo do paper pra prática... Isso é algo que a gente discute *muito* na nossa comunidade. Se você tá nessa vibe de sair do hype e ir pra prática, clica no link pra entrar em contato e vir trocar ideia com a gente lá no IA Overflow!

Agentes Cooperando... Ou Competindo?

Outro desafio é a cooperação. Pra essa ideia de agente funcionar, eles precisam conversar entre si sem a gente ter que ficar dando 'empurrãozinho' o tempo todo. O A2A do Google, em princípio, é uma boa. É tipo uma língua universal pros agentes.

Mas na prática, só falar a mesma língua não resolve. Se um agente fala 'condições de vento', o outro tem que adivinhar se isso é relevante pra planejar uma rota de voo. Não tem um vocabulário compartilhado, um contexto comum. É um problema que já vimos antes em sistemas distribuídos, e resolver isso em escala é coisa séria.

E tem mais: a gente assume que agentes vão ser bonzinhos e cooperativos. Isso talvez funcione dentro da mesma empresa, mas no mundo real, um agente vai representar você, outro um vendedor, outro um concorrente. Se meu agente de viagem pede preços pro agente da companhia aérea, e o agente da companhia aérea ganha mais vendendo voos mais caros, meu agente talvez não consiga o melhor negócio pra mim. Sem mecanismos pra alinhar interesses (contratos, pagamentos, 'jogo' estratégico), esperar cooperação perfeita é pura ilusão.

O Potencial é Real, Mas o Realismo Também Precisa Ser

Nenhum desses problemas é um bicho de sete cabeças que não dá pra resolver. Dá pra criar vocabulários comuns, evoluir protocolos, ensinar agentes a negociar. Mas eles não vão se resolver sozinhos. Se a gente ignorar isso, o termo 'agente' vai pro cemitério dos buzzwords, do lado do metaverso e outras modinhas que não entregaram o prometido.

Já tem CIO revirando o olho quando ouve falar em 'agente'. Isso é um sinal de alerta. A gente não pode deixar o entusiasmo esconder os perigos, só pra descobrir na marra e ficar com uma visão negativa de tudo. Seria uma pena, porque o potencial *é* real.

Mas a gente precisa casar a ambição com design inteligente, definições claras e expectativas realistas. Se fizermos isso, os agentes não vão ser só uma tendência passageira; podem se tornar a espinha dorsal de como a gente faz as coisas no mundo digital. Foco na prática, na eficiência, na solução que funciona. Tamo junto nessa?

Head of AI que largou a engenharia civil para transformar dados em soluções reais, sempre com fé, propósito e muito café com código Python pelo caminho.

Oldaque Rios

Head of AI que largou a engenharia civil para transformar dados em soluções reais, sempre com fé, propósito e muito café com código Python pelo caminho.

LinkedIn logo icon
Instagram logo icon
Youtube logo icon
Back to Blog

QUER UM PAPO MAIS APROFUNDADO?

Discussão Personalizada Sobre

IA Para Seu Negócio!

Para quem quer ir além dos conteúdos do blog e ter uma

conversa direcionada sobre implementação, ferramentas

ou estratégias específicas.

Copyrights 2025 | ia.overflow™ | Terms & Conditions